Por que um blog?

Chegou o novo site do LADO B DO RIO! Embora seja 2024, quase 2025, e um WEBSITE seja algo um pouco fora de moda, talvez até desnecessário para a maioria dos "produtores de conteúdo" (jornalista tá fora de moda), nós não abrimos mão. Por alguns motivos: facilidade de localização pelo endereço pontocompontobr; apresentação institucional que resume quem e o que somos; agregar quase tudo nosso em um lugar só; e, por que não?, um blog.

Sim, um blog. E se você pergunta “por que um blog?”, eu respondo com um “POR QUE NÃO UM BLOG!!!!?????”.

Brincadeira, não respondo assim, não. Há outras respostas a serem dadas. Uma delas é que nossa audiência é composta majoritariamente pelos chamados MILLENNIALS – em português, os trintões e quarentões que habitam este mundo digital e que nasceram e viveram, ao menos em parte, no mundo analógico.

E quando vocês, millennials**, chegaram na internet, tudo era mato? Não, tudo era texto.

Tinham imagens estáticas, mas como coadjuvantes. Os vídeos chegaram depois, pixelados e curtos. Antes das redes sociais dominarem a internet, houve a ERA DOS BLOGS. A essência era a mesma de hoje, e de toda a história do jornalismo: blogueiros ajudavam a noticiar, moldar a opinião e abrir o debate nas caixinhas de mensagens (aqui tem uma, inclusive, deixe a sua!).

Acontece que a equação VÍDEO+ALGORITMO=ATENÇÃO acabou ferindo gravemente a estrutura de blogs. Quem optar pela escrita como principal meio de produção de conteúdo (o antigo jornalismo), sai atrás de quem faz vídeo. Além disso, corre o risco do tal "conteúdo" não ser entregue pelo algoritmo, que parece atuar de maneira diferente com os textos. E, portanto, sofrerá para reter a atenção do AMIGO INTERNAUTA.

Ou seja, quem quer escrever, e só escrever, tá fudido neste momento atual da internet.

Há outras respostas a serem dadas para a pergunta "POR QUE UM BLOG?". E driblar o algoritmo também é uma delas. Afinal, quando você escreve em um blog que basicamente só é acessado se alguém digitar o endereço do site ou clicar no link que será distribuído pela rede social, a gente dribla o algoritmo, o buscador do Google, spams, comerciais, jogo do tigrinho, Elon Musk...dribla tudo! Dribla tanto e tanta gente que corre o risco de nem ter ninguém pra tabelar, ou mesmo ver a jogada.

Mas aqui estamos e estaremos, nem que seja para duas ou três pessoas que lerão a gente. A audiência vai ser por aí, e tudo bem. Sei disso porque tentamos ter um site mais noticioso/opinativo, algo como um portal, lembra? Tirando um ou outro texto, foi um fracasso. Por vários motivos, alguns deles listados aí acima. Um dia conto todos. E como lidamos mal com fracassos, preferimos encerrá-lo e recomeçar do zero.

A última resposta a ser dada para a pergunta-título é mais pessoal, mas vocês podem saber também, não é exatamente um segredo: eu sou um homem do texto. Sim, sou um podcaster há oito anos, sendo três anos apresentando semanalmente o LADO B DO RIO, mas tudo meio nota 6, dá pro gasto, dicção esquisita, língua meio presa, vícios de linguagem como falar "enfim" toda hora...e mesmo que você diga "nããão, não é assim, você é bom podcaster, sim", eu acho que é assim, sim.

Foto minha de agora, escrevendo um texto como se estivesse em 2007

O que eu faço de melhor na minha profissão é escrever – mas é só nota 7 também. Mas é um sete bacana, um sete bonito, um SETE COM LOUVOR, se é possível. Saio de cabeça erguida a cada texto nota 7 que escrevo (esse aqui acho que é 6,4).

Então, por todos esses motivos elencados aí, eis o blog do LADO B DO RIO, que estreará no mesmo MOMENTO HISTÓRICO que a newsletter para apoiadores e apoiadoras, que sairá nos próximos dias.

Corre o risco de vocês preferirem o Lado B de ler do que o de ouvir, e abandonarem nosso podcast à míngua até não sobrar nenhum ouvinte? Talvez, mas é um risco que aceitamos correr.

O importante é que a nossa emoção sobreviva.

*Ajude a financiar o Lado B nos apoiando em apoia.se/ladobdorio ou na orelo.cc/ladobdorio ou ainda mandando pix para ladobdorio@yahoo.com ** Se você não for millennial e, sim, geração Z, este site não é pra você, mas bem-vindo(a)!